Viver! Vivemos! Será que vivemos?
Uma das maiores tragédias da natureza humana é a nossa tendência para adiarmos a VIDA. Passamos os dias a sonhar com uma mar de rosas, que algures, no fim de um longo e árduo caminho iremos encontrar, mas, enquanto sonhamos com esse objectivo não vemos as rosas que florescem do lado de fora da "nossa janela". Efectivamente, deixamos que a vida nos passe ao lado enquanto buscamos o prestígio, o sucesso e o poder. E quando acordamos apercebe-mo-nos que já é tarde, que já não poderemos viver o que deixamos de viver enquanto buscávamos as riquezas materiais.
O mais caricato de tudo, é que esta busca desenfreada pela riqueza material que nos faz muitas vezes "cegar" e não viver o que de melhor os nossos dias nos trazem, terminará de forma inquestionável no cemitério, e eu nunca vi, num cortejo fúnebre, um qualquer carro de mudanças que transportasse os bens materiais do homem que desperdiçou a vida para os acumular.
Sejamos sábios, saboreemos as coisas simples da vida, aquelas que muitas vezes são gratuitas e nos fazem sentir bem, como o por-do-sol, o pão quente com manteiga, o café acabado de fazer, o sorriso de uma criança, um passeio à beira mar, uma molha com um aguaceiro de Verão, ou uma simples troca de olhares com a pessoa que amamos.
No fundo, o nosso maior património são as nossas memórias, as nossas recordações, este, é o único e verdadeiro tesouro, de valor incalculável e imensurável.
Encaremos cada dia como uma vida, como se fosse o último, viva-mo-lo como deve ser vivida e festejada a vida, em festa. O passado já era, o futuro é apenas imaginação, a única coisa certa é o presente, e esse, deve ser vivido, valorizado e festejado.
No cinema, no teatro, no bailado, etc., há ensaios, depois o ensaio geral, que antecede a o grade momento, a estreia. A vida é tudo isto, cinema, teatro e bailado, só que não tem ensaios gerais, e as oportunidades passadas e perdidas, raramente voltam a aparecer.
VIVAMOS! Vivamos plenamente, o único jogo que só se pode jogar uma vez, é o jogo da vida, pois neste jogo, só temos uma "vida".
Um amigo mostrou-me o video abaixo, uma homenagem ao artista, Israrel Kamakawiwi'Ole, com imagens da sua despedida desta nossa vida, mas uma despedida em grande festa.
Tornemos a nossa vida memorável, assim seremos para sempre recordados em festa.
Sim, de facto muito mais haverá para além do dinheiro, e desta ambição desenfreada, em TER! A vida é tão especial, com preciosidades incalculáveis...mas que passam por nós, sem que tenhamos tempo, ou disponibilidade para a VER! Somos absorvidos, pelo mau estar, somos contagiados pela inveja, pelo consumo, por todas aquelas coisas, que nos fazem mal, a todos os níveis...Vivamos com o que temos, cultivando a AMIZADE verdadeira, o AMOR sem limites, a VERDADE, a LEALDADE, a HUMILDADE...são estes bens que nos tornaram nas pessoas mais ricas e poderosas do mundo!BEM hajam!
ResponderEliminarOlá!
ResponderEliminarNo que concerne ao post, concluo que os pequenos grandes momentos que nos marcam para toda a vida não são, por exemplo a aquisição de um ilustre bem material, mas sim palavras, gestos, atenções, carinhos, afectos, sentimentos ou vivências cuja grandiosidade reside afinal na sua simplicidade e verdade.
Porém se estes pequenos grandes momentos de felicidade são tão importantes para nós, porque nos acontecem tão pouco, porque continuamos a fugir deles?
Se calhar porque não temos tempo, não temos vida para isso, a "vida está cara", é necessário trabalhar cada vez mais para sustentar a família, é necessário trabalhar cada vez mais para pagar as contas, da casa dos sonhos, do carro dos sonhos. É necessário ganhar cada vez mais para consumir cada vez mais. Porque o importante da nossa vida tornou-se em algo que é exterior a nós: os bens de consumo.
O consumo veio apenas ao encontro do nosso espírito egoísta, do nosso grande eu, eu tenho, eu quero, eu sou, eu fiz, eu alimento-me a mim próprio do meu próprio ego.
As coisas mais simples da vida, são os momentos mágicos que nos deixam saudades e que ficam no nosso coração.
Um abraço
Olá!
ResponderEliminarSabes, muito do que dizes é verdade, mas acho que temos, cada vez mais, os nossos valores invertidos, em vez de procurarmos fazer as coisas pelo prazer de as fazermos, fazê-mo-las pelo falso bem estar que os bens materiais nos causam. A dada altura estamos tão focados no material que nos esquecemos do essencial, de nós, da nossa genuinidade.
Muitas vezes ouvi a expressão "vendeu a alma ao diabo", mas não é isso que fazemos quando deixamos de fazer o que gostamos, de lutar pelo que acreditamos, para nos conformarmos a fazer mais do mesmo em troca de quase nada.
No fim, nem a casa, nem o carro, nem os sonhos, e tudo o resto que brilha compensará a mão cheia de nada, o vazio de recordações fantásticas e memórias.