Há alguns dias falava com um amigo sobre a liberdade, e fiquei a pensar neste conceito. LIBERDADE.
Nunca as pessoas foram tão livres como o são neste século XXI, verdade? - Pois, é aqui que começa a minha divergência para com a maioria das pessoas com quem fui abordando este assunto.
Demasiadas vezes restringimos a liberdade, na minha opinião, a uma palavra com um significado demasiado óbvio e curto. - Sim, hoje somos livres de dizer, pensar, escrever, hoje temos a decisão do aborto na mão das futuras ex-mães, o casamento homossexual legalizado, etc..., mas, seremos verdadeiramente livres? - Não, para mim a liberdade é algo muito mais profundo, algo muito menos palpável mas muito mais importante.
A LIBERDADE, só se é verdadeiramente livre quando controlamos as nossas emoções. Como podemos falar de liberdade quando o consumo de "Prozac" cresceu exponencialmente no mundo ocidental, só nos E.U.A., no último ano, mais de 30.000.000 de pessoas tomaram este medicamento, ou seja, 1 em cada 6, ou quando vemos os condutores das viaturas que circulam ao nosso lado usarem a buzina com "arma de arremesso", ou gesticularem quando desagradados com alguma situação? - Não há liberdade, estamos "prisioneiros" de uma sociedade consumista que nos controla, ou tenta controlar, desde a mais simples tomada de decisão na compra de um sabonete até à mais complicada decisão financeira, e por termos consciência disso sofremos de depressão e stress. Somos prisioneiros do consumo e da pseudó-sociedade livre que criamos.
Na verdade, "e para nossa segurança", vivemos prisioneiros num Big Brother global, somos filmados nas autoestradas, nas bombas de gasolina, nos locais onde vamos ás compras, nas caixas multibanco e até em algumas casas de amigos, sim, "para nossa segurança". Nem os prisioneiros de uma cadeia são tantas vezes ao dia filmados, e tudo isto em nome da segurança e da preservação da liberdade.
Só seremos verdadeiramente livres quando controlarmos os nossos estados de alma, e isso, só acontecerá quando formos capazes de controlar e gerir as nossas emoções. A maior objecção à Liberdade somos nós próprios, não os sistemas políticos que guilhotinam o pensamento, mas o nosso próprio pensamento e as nossas emoções.
Seja livre e feliz,